Gripe aviária: Estado e municípios debatem e buscam alinhamentos para estabelecer planos frente a confirmação da gripe aviária no RS



Na manhã de segunda-feira, 09 de outubro, foi encontrado um leão-marinho encalhado na Praia dos Molhes, o caso foi atendido pela equipe do ICMBio e Inspetoria Veterinária. Apesar da realização de procedimentos de coleta de material para análise e verificação de possível contaminação pelo vírus da gripe aviária, a orientação é de que qualquer encalhe siga protocolo de segurança, sendo considerado, portanto, como possivelmente positivo para H5N1. No intuito de disseminar os cuidados e atenção da comunidade, a Prefeitura pede cautela para que as pessoas não se aproximem de animais marinhos na orla, e, que principalmente, não levem seus pets para a beira da praia com a finalidade de evitar contato com animais encalhados.

Após casos confirmados no estado, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), vem realizando reuniões, onde a Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo se fez presente, envolvendo entidades e representantes dos municípios e estado para tratar dos casos de influenza aviária e definir protocolos.

A gripe aviária é gerada por um vírus (H5N1) e trata-se de uma doença transmissível e letal que atinge aves e mamíferos. Para os humanos o índice de contágio é baixo, mas é necessário cuidados para evitar a propagação do vírus. Devido as recentes confirmações de casos no RS, a FAMURS orientou aos municípios que façam alerta sobre a doença. Um protocolo está sendo preparado pela Federação.

Já nesta terça-feira, 10 de outubro, a Prefeitura vai realizar uma reunião com os órgãos locais que possuem interface com o meio ambiente e a sanitárias para eleger os encaminhamentos pertinentes.

Se alguém encontrar um animal silvestre, marinhos ou terrestres, vivo ou morto na orla deve informar com urgência os órgãos ambientais locais que estarão alinhados quanto aos encaminhamentos necessários.

Os animais atingidos pelo vírus encontrados vivos apresentam em geral os seguintes sintomas: dificuldade respiratória, secreção nasal e ocular, espirros, falta de coordenação motora, torcicolo, diarreia, ou alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres. A Ilha dos Lobos segundo levantamentos realizados pelo ICMBio apontou a presença de aproximadamente 70 animais nas últimas semanas entre lobos e leões-marinhos. Conforme a Federação, na semana passada, o Estado teve dois focos da doença confirmados, em Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, com a infecção detectada em leões-marinhos e lobos-marinhos. Foram os primeiros casos identificados da H5N1 em mamíferos no Rio Grande do Sul.



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