
Dr. Daniel Koeche – Cardiologista – CRM-SC 15990 – @daniel_koechecardiologista
Você já sentiu o coração “bater forte”, “acelerado” ou “descompassado”? Essa sensação é conhecida como palpitação — uma percepção anormal dos batimentos cardíacos. Embora muito comum e, na maioria das vezes, benigna, a palpitação também pode ser o sinal de um problema cardíaco mais sério, como uma arritmia.
O que são palpitações?
Palpitações são descritas como a consciência dos batimentos do próprio coração. Elas podem ser rápidas, lentas, irregulares ou parecerem “pulos” no peito. Podem durar segundos ou minutos, e surgir em repouso ou durante esforço.
Quando são consideradas normais?
Em muitas situações, as palpitações são fisiológicas, ou seja, acontecem em pessoas saudáveis. Isso pode ocorrer por:
•Emoções intensas (ansiedade, estresse, medo)
•Prática de exercícios físicos
•Ingestão de cafeína, álcool ou cigarro
•Uso de medicamentos ou suplementos
•Alterações hormonais (como na gravidez ou menopausa)
Sinais de alerta
Apesar de muitas vezes inofensivas, palpitações podem ser sinais de arritmias cardíacas ou outras condições que merecem investigação. Fique atento se, junto com a palpitação, ocorrerem:
•Tontura ou desmaio
•Dor no peito
•Falta de ar
•Cansaço excessivo
•História familiar de morte súbita
Causas mais comuns
Além dos fatores emocionais e estimulantes, as palpitações podem ter origem em:
•Arritmias (como fibrilação atrial, extrassístoles, taquicardia supraventricular)
•Doenças da tireoide
•Anemia
•Distúrbios do sono (como apneia)
•Problemas estruturais do coração
Diagnóstico
A consulta com o cardiologista inclui o exame clínico e, muitas vezes, exames como:
•Eletrocardiograma (ECG)
•Holter de 24 horas (monitoramento contínuo do coração)
•Teste ergométrico
•Ecocardiograma
Em alguns casos, exames mais avançados são necessários, como estudo eletrofisiológico.
Tratamento
O tratamento depende da causa. Quando a palpitação é benigna, apenas medidas de controle do estresse, sono e alimentação são suficientes. Nos casos de arritmias, podem ser indicados medicamentos, ablação por cateter ou até implante de marcapasso ou desfibrilador, conforme a gravidade.
Prevenção
•Reduza o consumo de cafeína, álcool e cigarro
•Durma bem e controle o estresse
•Pratique atividade física regular
•Mantenha acompanhamento médico, principalmente se tiver histórico familiar de doenças cardíacas